sábado, 6 de junho de 2009

O Neossocialismo Americano

“A América para os americanos”... e para os brasileiros, chilenos, canadenses, enfim, para o resto do mundo.

Os estadunidenses, autointitulados americanos, mais uma vez pretendem impor um novo modelo de sistema econômico ao resto do mundo. Apartir de meados do século XX, Sir Reagan e Miss Thatcher propagaram o modelo econômico contraposto ao Estado de Bem-Estar Social, onde os governos supriam um grande número de serviços públicos, entre eles educação, saúde, e até atividade empresária em setores estratégicos. Esse novo modelo se intitulara Neoliberalismo - alusão à retomada do Liberalismo, sistema clássico que marcou a fase da Revolução Industrial e suas fábricas-prisões.

A idéia era que nesse Novo Liberalismo o Estado reduzisse seu tamanho, assumindo cada vez menos serviços sociais. Enfim, como em seu antecessor, a idéia era que os serviços públicos se resumissem às funções essenciais, como administração da justiça e defesa nacional, o restante ficaria a cargo da “mão invisível” do mercado, prestados de forma privada e com a finalidade de lucro. Saúde, educação, tudo sendo prestado com o objetivo de lucro, em detrimento do ser humano.

Como exemplo fatídico, temos a generalização do modelo das privatizações em todas as esferas sociais - no caso brasileiro, atingiu os serviços de telefonia e energia elétrica, dentre inúmeras empresas públicas. Um caso emblemático para o Brasil foi o da Companhia Vale do Rio Doce, considerada uma empresa estatal que dava prejuízos, após ser tomada pela iniciativa privada vem acumulando vultosos lucros, sendo considerada uma das maiores empresas mundiais.

Agora o Tio Sam dá novo exemplo a não ser seguido. Com a bancarrota de grandes empresas norte-americanas, causada pela crise do subprime, o governos dos Estados Unidos mergulhou em uma crise financeira que se arrasta desde 2006, comparada por alguns com o crash da bolsa em 1929. Esse mesmo Estado que outrora pregava um modelo de afastamento do Estado da iniciativa privada, vem tornando-se o principal acionista de bancos, financeiras e seguradoras – tudo em nome do social. Na última semana essa crise fez com que aquele Estado comprasse cerca de 60% das ações da Companhia General Motors.

Desde o início desta crise, tanto o governo Norte-Americano como outros países do globo, injetaram trilhões de dólares em suas economias, dando o dinheiro dos impostos de todos a empresas privadas. Todos os esforços são no sentido de tentar frear a atual crise e de manter um modelo que não se sustenta mais. Não é só o modelo econômico que está em crise, mas toda uma base social alicerçada em uma cultura consumista, que vai ter que continuar injetando seus mac-dólares para que todos continuem mac-felizes(não deu pra evitar o trocadilho).

Um comentário:

  1. Realmente essa foi a maior palhaçada que já presenciei em minha curta vida. Para desenvolver o bem comum não existem recursos, entretanto temos trilhões para salvar bancos e financeiras.
    Senatólite SN

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